É uma expressão que está ganhando corpo nos últimos anos no ambiente corporativo, mas que ainda suscita curiosidade entre os CIOs. O low-code, cuja proposta inicial é facilitar o desenvolvimento de softwares nas empresas, se consolidou em uma das principais tendências globais com a aceleração digital provocada pela pandemia de covid-19. Afinal, encontrar um jeito seguro e ainda mais rápido e eficiente para criar soluções inovadoras é uma proposta interessante em um período de instabilidade econômica.
A pesquisa The State of Low-Code 2021, conduzida pela Mendix, mostra que três em cada quatro empresas (77%) em seis países analisados já usam esse conceito para responder às necessidades com rapidez. Além disso, 59% dos projetos que usam low-code permitiram a colaboração entre o departamento de TI e áreas de negócio para a entrega das aplicações. Mas engana-se quem pensa que se trata de uma mera "alternativa" para um período atípico. De fato, é uma ferramenta poderosa para alavancar soluções inovadoras em qualquer empresa, grande ou pequena. Confira as principais dúvidas e propostas sobre o tema:
Afinal, qual é a concepção de low-code?
Low-code, em tradução livre, significa "pouco código" e busca reduzir a programação de códigos na estrutura de softwares. O conceito existe em pesquisas desde a década de 1970, mas a expressão surgiu apenas em 2014. Entretanto, mais do que uma plataforma em si, devemos considerá-lo uma abordagem para resolver problemas de produtividade e promover a integração das áreas de negócio e de TI.
Pode ser utilizado para o desenvolvimento de soluções robustas?
Sim, em todo o mundo há soluções criadas em plataformas low-code que atendem milhões de usuários, nas áreas de seguro, varejo, financeira, entre outras. Este conceito atende a qualquer tipo de necessidade. Por meio de plataformas low-code, é possível criar diferentes ferramentas robustas, como aplicações de inovação para o desenvolvimento de um novo modelo de negócio e de eficiência operacional que potencializam a produtividade e a rotina corporativa. Assim, é importante ressaltar que esse recurso é ideal para todos os portes de organizações e suas aplicações, apesar da facilidade de criá-las.
Por que ainda há uma visão distorcida sobre o que é low-code?
O mercado vem captando o benefício dessa abordagem, apesar de algum preconceito e ceticismo em relação a escalabilidade, segurança, lock-in e evolução tecnológica. Pressionados pela entrega de resultados, os CIOs começam a entender a importância da velocidade de desempenho das aplicações no dia a dia, sem perder o foco na segurança.Quais são os desafios do low-code no Brasil?
Assim como em outras tecnologias, a formação de mão de obra é um desafio importante. O mercado de TI está superaquecido e é preciso trazer cada vez mais desenvolvedores a atuarem nesse segmento, popularizando ainda mais essas plataformas. Nos últimos cinco anos, as soluções low-code deram um salto grande de qualidade e estão mais robustas, mas é possível avançar mais. O Brasil ainda é early adopter e pode alcançar mais benefícios com essa abordagem.
Lázaro Pinheiro, CO- CEO da TrueChange.
[…] a pesquisa divulgada e conduzida pela Mendix, empresa de software Low-Code que analisou dados em seis países, três em […]