A Mvisia, que faz parte do grupo de startups aceleradas pelo FIEMG Lab 4.0 e é especializada em soluções de inteligência artificial aplicada à visão computacional para a indústria, foi comprada pela WEG S.A. A empresa, que passa a ter 51% do capital social da startup, está localizada no município de Jaraguá, Santa Catarina, e atualmente é considerada uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo.
A WEG é um dos destaques no ramo de Visão Computacional para a indústria, possuindo softwares e sistemas de visão próprios, com forte know-how em aplicações de processamento embarcado e algoritmos de machine learning para vídeos e imagens, com integração aos sistemas MES utilizados na indústria, bem como no processamento em nuvem via dispositivos móveis ou integrado a plataforma aberta WEGnology.
“A nossa proposta de valor é tirar informações de imagens e vídeos utilizando técnicas de inteligência artificial e machine learning. Fazemos isso de uma forma rápida e simples”, explica Fernando Lopes, diretor administrativo da startup. A Mvisia tem como principais produtos uma plataforma de visão computacional e uma linha de câmeras inteligentes, em que se consegue fazer análise de vídeos em tempo real, sem precisar de conexão com a internet ou uma grande estrutura de suporte.
Lopes conta que a negociação com a Weg começou em janeiro deste ano e que o contrato só foi fechado agora, devido a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. “A Weg é uma empresa brasileira, que trabalha com tecnologia nacional de ponta e, por isso, a proposta nos alegrou muito”.
O grupo catarinense adquiriu 51% da startup, mas que a manterão os sócios, a equipe e a marca originais. “Mantivemos nossa autonomia e agora temos, por trás, uma grande estrutura. Estamos muito contentes com essa nova fase e batalhamos por isso durante cinco anos. Agora somos o braço da divisão computacional do Grupo WEG”, comemora.
O programa de aceleração da FIEMG é voltado para startups com soluções industriais (indtechs) que promove o desenvolvimento de novas tecnologias e funciona como um hub de inovação aberta aplicada para a indústria. “Foi quase um ano de aceleração no FIEMG Lab e posso considerar que foi a melhor aceleração que já passamos”, afirma Lopes, pontuando que a experiência foi completa, com riqueza de aprendizado e de convivência.
“Estruturamos muitas coisas com o conhecimento adquirido e fizemos muitas conexões”, ressaltou salientando a importância de programas de conexões entre a indústria e agentes de inovação, como o FIEMG Lab. “Só assim conseguiremos mudar o cenário atual e sermos, finalmente, o país do futuro. Isso só depende de nós e de iniciativas pessoais”, pontua diretor administrativo da Mvisia.