A reabertura do comércio e os números animadores, principalmente no varejo, com a flexibilização das medidas de isolamento impostas como medida para ajudar a combater a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), têm animado os empresários a buscarem financiamento, seja para capital de giro, repor estoques ou fazer contratações temporárias para o fim de ano.
"Batemos uma marca importante. Passamos de 60 mil micro e pequenas empresas em nosso portfólio de clientes. Estamos adicionando em torno de mil novos CNPJs por dia em nossa plataforma", diz Rodrigo Cabernite, co-fundador e CEO da GYRA+, plataforma online de concessão de crédito para pequenas empresas.
De acordo com Cabernite, a explicação é que o país acabou de sair de uma crise muito forte e os empresários estão se reinventando e preparando para o ano que vem. "Sentimos que o empresariado brasileiro está mais positivo que nos últimos meses", pondera. "Até o fim do ano, esperamos passar dos 100 mil clientes em nossa base, o que deixa claro que o crédito é a principal feramente que as micro e pequenas empresas têm para sair do vermelho", comenta.
Para o CEO da GYRA+, apesar do evidente impacto no faturamento durante o período mais agudo da quarentena, empresários de alguns setores conseguiram se manter relativamente bem.
"Nossa carteira de crédito se manteve relativamente saudável e conseguimos ajudar nossos clientes a sobreviverem", explica Cabernite. "Durante a crise captamos uma operação de equity que trouxe solidez e um caixa parrudo para investirmos no crescimento mais rápido de outubro em diante", completa.
Para se ter uma ideia do cenário antes da pandemia, de acordo com dados da Associação Comercial de São Paulo, em janeiro de 2020, houve um aumento de 3,4% nas vendas, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em fevereiro, último mês antes do início da quarentena, o crescimento foi de 2,2%. "Destacamos a importância das fintechs nesse momento de retomada da crise", finalizou.