Chainalysis, plataforma global de pesquisa de blockchain e criptomoedas, divulgou nesta quinta-feira, 10, o Crypto Crime Report 2022 com um evento online liderado por especialistas da empresa. Foram destacados os principais pontos do relatório, assim como dados e tendências específicas do Brasil.
Em 2021, as transações ilícitas chegaram a US$ 14 bilhões, contra US$ 7,8 bilhões em 2020, mas apesar dos valores recorde, representam apenas 0,15% de todas as transações em moedas criptográficas. Desde 2017, houve US$ 33 bilhões em moedas criptográficas que foram lavadas. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime estima que o equivalente entre 800 bilhões e 2 trilhões de dólares em moedas criptográficas são lavadas a cada ano, algo semelhante a 5% do PIB global.
Outro crime destacado no relatório é o Ransomware, um ataque cibernético que codifica os dados de uma pessoa ou empresa e exige um pagamento em moedas criptográficas para liberar o acesso ao banco de dados. A maior parte deles são motivados por retribuições financeiras, mas também podem ser motivados por metas geopolíticas. Desde 2020 foram identificados quase US$ 692 milhões de dólares em pagamentos de resgates.
O malware é um software malicioso que visa causar qualquer tipo de dano ao dispositivo de uma vítima, o que tem sido apontado como uma questão importante para as moedas criptográficas. O preço barato do malware facilita o acesso dos criminosos cibernéticos às informações pessoais de suas vítimas e até mesmo o roubo de moeda criptográfica. As famílias de malwares estudadas na pesquisa mostraram 5.574 downloads de vítimas em 2021. O crime mais comum na análise do relatório foi o golpe. Em 2021, 7,7 bilhões de dólares em criptomoedas foram tirados das vítimas em todo o mundo. Isto representa um aumento de 81% desde 2020, um ano em que a atividade de fraude havia diminuído significativamente em comparação com 2019.
Com base no relatório Cryptocurrency Geography 2021, a Chainalysis constatou que, globalmente, o Brasil está em 14º lugar entre 157 países em termos de adoção de criptomoedas, sendo que na América Latina em 4º lugar, atrás da Venezuela, Argentina e Colômbia. O mesmo estudo concluiu que a América Latina tem a sexta maior economia de moedas criptográficas das oito regiões analisadas, com US$ 352.8 bilhões em moedas criptográficas recebidas entre julho de 2020 e junho de 2021.
A região da América Latina é responsável por aproximadamente 9% de toda a atividade transacional global. Estes números são apenas um pequeno resumo do potencial que o Brasil e a região têm em termos de adoção de moeda criptográfica e tecnologia Blockchain. A tendência se reflete nas discussões em andamento no nível federal sobre a regulamentação da moeda criptográfica e a criação de uma nova moeda criptográfica para o país.
Chainalysis quer fazer parte desta transformação global, promovendo a segurança para os usuários da blockchain com a distribuição anual do Crypto Crime Report. Isto é parte do movimento para construir um mercado de confiança e também destacar as tendências nas transações. Hoje a empresa trabalha com instituições privadas e públicas em todo o mundo para promover a ideia de que a criptomoedas são seguras e também está atualmente focada na expansão de suas operações no mercado brasileiro.
"O Brasil tem grande potencial no mercado de criptomoedas e blockchain. É um país que busca formas inovadoras de investimento e está atento às tendências globais. Chainalysis cria um diálogo sobre o tema e promove a educação para um mercado que está em ascensão e precisa ser cuidadosamente analisado" comentou Magdiela Núñez, gerente de Marketing de Parceiros Globais da Chainalysis.
Veja o Crypto Crime Report de 2022 na íntegra, clicando neste link.
[…] da notícia : https://tiinside.com.br/10/03/2022/dados-da-chainalysis-mostram-que-crimes-com-criptomoedas-somaram-… Data da publicação : 2022-03-10 18:42:23 #Dados #Chainalysis #mostram #crimes #criptomoedas […]