Os planos da EMC para produção local nos próximos anos são bastante ambiciosos. A meta da fabricante de sistemas de armazenamento e gerenciamento de informação é expandir o portfólio de produtos manufaturados no Brasil e utilizar o país como polo de exportação para o Cone Sul e até a África do Sul.
Para isso, a empresa pretende elevar o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Entre 2008, quando iniciou a podução local, e o ano passado, a EMC aplicou um total de R$ 3,8 milhões no Brasil. "Vamos ampliar os investimentos em P&D no país, a quantia será maior já investida", revela Carlos Cunha, presidente da EMC no Brasil, sem, porém, revelar valores. O executivo frisa que o foco dos investimentos será no desenvolvimento de software, classificado por ele como um diferencial.
Ele diz que a ideia é começar a exportar os produtos produzidos no país para o Cone Sul já no ano que vem e em menos de dois anos ter praticamente todo o portfólio da empresa sendo manufaturado localmente. "Depois disso, vamos focar na exportação para a África, que será um caminho natural. É mais fácil e menos oneroso exportar para lá do Brasil do que de outros países", diz Cunha.
Atualmente, a fábrica da EMC no Brasil, terceirizada para a Foxconn, produz cerca de 80% da linha de sistemas de storage. O primeiro passo para a expansão foi dado agora, com o início da produção local da linha Avamar Data Store de backup em disco de última geração. Essa foi a terceira linha de hardware produzida pela EMC no país, que já havia iniciado a fabricação dos equipamentos da linha CLARiiON, em 2008, e da VMax, no começo deste ano.
Num prazo de até dois anos, a meta de Cunha é praticamente completar a linha de produtos por meio da adição das soluções de Network-Attached Storage (NAS), storage interligado à rede, e do portfólio da Data Domain, companhia de armazenamento adquirida pela EMC no ano passado.
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