O FinOps nada mais é do que um método de gerenciamento de negócios, que se insere na cultura das empresas, no sentido de promover responsabilidade financeira, já que esse modelo é uma combinação de sistemas e práticas que facilitam o entendimento dos custos dos serviços em nuvem, orientando equipes de engenharia, finanças, tecnologia e negócios a trabalharem em conjunto.
As empresas ultrapassam seus orçamentos em média em 13% e desperdiçam 32% de seus gastos com nuvem e isso acontece porque ainda utilizam modelos de governança de custos tradicionais. Diante deste desafio, o FinOps nasceu para gerenciar o uso da nuvem, investindo os recursos de maneira estratégica e com responsabilidade financeira, além de agilidade, previsão e velocidade de implementação.
Há 3 fases de realização e performance de FinOps, de maneira cíclica: informar, otimizar e operar. A primeira fase, que é informar, consiste em garantir a visibilidade da alocação de recursos, orçamentos e pessoas, para obter dados, com o objetivo de criar parâmetros de comparação, que serão utilizados para que todos consigam enxergar o que está sendo gasto e por quê.
Já na segunda etapa, a ideia é otimizar o uso de Cloud Computing e levantar questionamentos importantes, como onde estão as oportunidades de redução de custos, além de colocar em prática ações baseadas nas informações coletadas na primeira fase. É importante tomar as variáveis dos custos de nuvem como uma oportunidade e não como um risco, já que o objetivo é dimensionar a capacidade corretamente, mas sem reduzir a eficácia da nuvem.
Na última fase, operar, a ideia é o acompanhamento contínuo dos objetivos. Neste momento, métricas de rastreabilidade e curvas de tendência são usadas para medir a evolução, velocidade, qualidade e custo. Depois disso, o ciclo se fecha e volta à fase inicial, de informação. É importante sempre ter em mente o pensamento de que o cloud computing é uma inovação tecnológica e os investimentos em unidades de nuvem são necessários, quando feitos estrategicamente.
Sendo assim, o FinOps é um ciclo que precisa ser executado continuamente e requer dedicação e conhecimento da operação. Uma vez que a iniciativa de nuvem comece a ser dimensionada, ela pode se expandir para vários serviços, contas e provedores, e as equipes podem usar dados de monitoramento de custos diários ou semanais para verificar a taxa de queima de orçamento, garantindo que permaneçam dentro do que foi estabelecido.
Não há dúvidas de que o FinOps requer um alto grau de colaboração e comunicação da área de TI, finanças e outras unidades de negócios. Como tal, é essencial que todos participem das mudanças desde o início, e isso pode ser feito articulando os benefícios e como ele ajudará a empresa a atingir seus objetivos. Se aplicado estrategicamente, possibilita a utilização de recursos de forma inteligente, sem desperdício e com geração de valor.
Alexandre Aiello Barbosa, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da OPUS Software.