A Comissão Européia abriu nesta segunda-feira (14/1) duas novas investigações contra a Microsoft, sob a acusação de continuar a manter as práticas de abuso de posição dominante, dificultando o funcionamento de software rivais em seu navegador, o Internet Explorer, e de se recusar a divulgar informações para interoperabilidade com seus produtos, principalmente o pacote de programas de escritório Office.
A companhia já foi multada pela Comissão Européia, em março de 2004, em um valor recorde de 497 milhões de euros (equivalente a US$ 690 milhões), que pediu que ela revisse algumas de suas práticas de negócios. A empresa apelou para reverter a decisão, mas, em setembro do ano passado, o órgão antitruste europeu manteve a decisão.
A primeira queixa que motivou a investigação foi registrada pela empresa norueguesa que comercializa o Opera, um dos rivais do Internet Explorer no campo dos navegadores web, segundo o The Wall Street Journal.
Outra reclamação veio do Comitê Europeu para Sistemas Interoperáveis (ECIS, na sigla em inglês). Segundo o órgão, a Microsoft continua a não revelar dados técnicos suficientes para permitir que seus produtos operem adequadamente com softwares produzidos por outras companhias.
"O início do processo não significa que a Comissão Européia tem provas de qualquer infração (pela Microsoft). Apenas significa que a Comissão irá investigar o caso profundamente", informou o órgão executivo da União Européia.