Brasil integra time de gestores de projeto global da Philips

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Os bons resultados no gerenciamento do datacenter da Philips na América Latina ajudaram o grupo holandês a escolher a filial brasileira para integrar o time de gestores de um programa global de TI da companhia.

A subsidiária ficou com a incumbência de monitorar uma rede de mais de 600 servidores que interligam unidades da fabricante gigante nos Estados Unidos, Europa e países latinos.

Toda a administração da rede é feita pelo time de TI de São Paulo com serviços de outsourcing prestados pela Atos Origin. Luiz Carlos Heiti-Tomita, CIO da Philips para a América Latina, informa que filial brasileira entrou no projeto global em 2004 e que hoje já monitora servidores de missão crítica, como aplicações de ERP da SAP e CRM da Siebel.

Com essa responsabilidade, a subsidiária local passou a ser uma peça importante para os negócios do grupo com vendas anuais de aproximadamente 30 bilhões de euros.

A filial brasileira levou para o programa global a experiência adquirida no projeto Tecnologia da Informação para América Latina (TI LatAM), implantado em 2003, como parte de uma estratégia de regionalização de datacenter da companhia nos países latinos.

Na época o Brasil ficou responsável pelo monitoramento dos servidores e o suporte técnico aos usuários. O gerenciamento passou a ser feito com uma ferramenta da Origin batizada de Service Desk e o know how foi aproveitado na gestão dos serviços globais.

Leonardo Alves Toco, gerente de soluções e outsourcing em offshore da Atos Origin do Brasil, afirma que a subsidiária brasileira da Philips concorreu uma vaga no Global IT Philips do grupo inclusive com a filial da Índia. A Experiência aliada com competência e oferta de preços competitivos foram essências para colocar o Brasil no mapa da exportação de serviços de TI para o grupo.

O Brasil começou a fazer o gerenciamento dos sistemas da companhia pela cidade de Andover, nos Estados Unidos e Eindhoven, na Holanda. Hoje, o projeto está em fase de ampliação. ?Estamos monitorando dez servidores em Xangai, na China e devemos entrar também no Japão?, afirma Tomita.

A participação em um projeto mundial de outsorcing em TI traz muito aprendizado diz Tomita. Ele diz que para entrar na seara do offshore as empresas precisam investir não apenas em processos de maturidade para oferecer serviços de alto nível, mas em muita capacitação do time que vai sentar-se à mesa de negociações com os outros líderes de um programa internacional, como o modelo da Philips.

Os profissionais precisam dominar o idioma inglês para ter argumentos convincentes na hora de apresentar uma proposta. ?E preciso também ter habilidade para lidar com questões territoriais, culturais e políticas internas e externas?, afirma o executivo. As parcerias com outros países também são importantes para juntar forças.

Ele lembra de uma situação em que precisou apoiar a equipe da Índia, mesmo sabendo da concorrência que existe entre este país e o Brasil na exportação de serviços de TI. Segundo ele, o Brasil pode precisar futuramente do apoio dos indianos em algum projeto e que a política do bom relacionamento conta muito ponto nos programas globais.

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