De acordo com recente projeção do Gartner, 1,1 bilhão de dispositivos conectados à internet será usado por cidades inteligentes neste ano. Sob uma perspectiva maior, o número deve chegar a 9,7 bilhões em 2020.
"As cidades inteligentes representam uma grande oportunidade de receita para provedores de serviços e tecnologia, porém, eles precisam começar a planejar, participar e posicionar suas ofertas agora", salienta Bettina Tratz-Ryan, vice-presidente de pesquisas do Gartner. Segundo ela, a maioria dos gastos com Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) para cidades inteligentes virão do setor privado, "o que é uma boa notícia para os provedores, visto que o setor privado tem ciclos de aquisição mais curtos".
Ainda segundo o relatório, casas automatizadas (smart homes) e edifícios comerciais inteligentes representarão 45% do total de dispositivos conectados em uso em 2015, um total de 500,1 milhões de objetos conectados em uso em ambos. Em 2017, o número de dispositivos conectados usados somente em casas inteligentes, que incluem sensores de detecção de movimento e iluminação LED, devem ultrapassar 1 bilhão.
De uma perspectiva da indústria, o setor de utilities deve totalizar 252 milhões de unidades conectadas à web em cidades inteligentes neste ano, seguido por transporte, com 237,2 milhões de objetos conectados em uso. Já o segmento de saúde, com 9,7 milhões de dispositivos conectados em 2015, ampliará o número para 23,4 milhões em dois anos.
A consultoria indica ainda que, enquanto o investimento em hardware para IoT é fundamental em cidades inteligentes, a oportunidade de receita real para os provedores de tecnologia será o setor de serviços e análises. "Esperamos que, em 2020, muitos provedores cresçam suas receitas de hardware através de serviços e software em mais de 50%", completa a analista.