Mesmo com a desvalorização do dólar diante do real durante boa parte do ano passado, que derrubou os preços dos computadores, o índice do chamado "mercado cinza"
– composto por máquinas que não chegam ao consumidor pelas vias legais de varejo ou que são montadas de modo artesanal e, muitas vezes, com componentes de procedência duvidosa – se manteve praticamente estável, segundo pesquisa encomendada à consultoria IT Data pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Na verdade, apresentou um ligeiro recuo, caindo de 35%, em 2007, para 34%, ou seja, dos 12 milhões de PCs vendidos no ano passado, 4,2 milhões foram comercializados de forma ilegal.
De acordo com a Abinee, o mercado ilegal de desktops permaneceu na faixa de 35% do total, com cerca de 2,7 milhões dos 7,7 milhões de computadores de mesa vendidos em 2008. Já entre os notebooks, que registraram vendas totais de 4,3 milhões de unidades em 2008, a participação do mercado cinza caiu de 34% para 32%, somando 1,37 milhão.
O estudo apontou também que o mercado brasileiro de PCs cresceu 20% em 2008 na comparação com o ano anterior. A expectativa inicial, antes da crise econômica mundial, era de que o crescimento chegasse a cerca de 30%. Hoje, a base instalada de computadores totaliza 37 milhões de unidades.
As vendas de PCs com a configuração definida pelo programa "Computador para Todos" atingiram 190 mil unidades no ano passado, uma queda de aproximadamente 60% em relação às 490 mil unidades comercializadas em 2007.
- Comércio cinza