Em 2020, varejo será pautado pela personalização da experiência do consumidor e chegada da LGPD

0

O consumidor brasileiro está cada vez mais digital e conectado, em busca de experiências ágeis, seguras e que sejam personalizadas para as suas necessidades. Assim, a corrida para atingir essa expectativa deve ser ainda mais intensa em 2020. Entre as diretrizes que devem ditar a reinvenção do varejo neste ano estão o planejamento do negócio guiado por dados e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e também o fim das divisões entre os canais de venda, como a loja física e o e-commerce, o Unified Commerce.

Segundo um estudo da Gartner, 89% das empresas pesquisadas acreditam que a experiência do consumidor já é o principal ponto de concorrência no e-commerce. Já outra pesquisa recente da Adyen aponta que consumidores de todas as idades comprariam com mais frequência se pudessem evitar filas (75%), pagar por QR codes na própria loja (59%) e comprar produtos não disponíveis no estoque da loja física pelo e-commerce e recebê-los em casa utilizando o Unified Commerce (67%).

A tendência é ainda mais evidente com a Geração Z, nascida entre meados dos anos 90 e 2010 – 54% deles já compraram online e optaram por buscar os produtos presencialmente, enquanto 48% esperam ter a possibilidade de devolver itens comprados pelo e-commerce em um loja física.

Outro ponto importante para conseguir atender a expectativa de experiência dos clientes é utilizar os dados de forma inteligente para trazer a personalização. Um levantamento da Serasa Experian aponta que 79% das empresas brasileiras utilizam dados de Big Data para melhorar o atendimento e proporcionar melhores experiências para os consumidores.

No caso do varejo de moda, é possível usar a tecnologia para prever as preferências de roupas, assim como hábitos de compra e modelagem de peças, que são analisadas para repensar as próximas coleções ou utilizadas para melhorar a experiência do consumidor em tempo real. Abordar consumidores com ofertas direcionadas e personalizadas no momento em que entram na loja ou e-commerce é outro dos benefícios do uso destes dados, permitindo prever o comportamento e as necessidades do consumidor.

O uso de dados de clientes leva para a última tendência, que é a LGPD, que fornece regras para auxiliar o cidadão a ter maior controle sobre seus dados. Atualmente apenas 20% dos brasileiros se sentem completamente seguros ao realizar compras online, segundo pesquisa do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Para o varejista, a boa notícia é o menor risco de brechas de segurança graças às regras mais rígidas e processos mais robustos. Essas falhas resultam em um gasto médio de US$ 3,86 milhões por ano, segundo a IBM.

A exceção à regra são os dados utilizados na proteção à fraude. Neste caso, a LGPD considera que a utilização das informações dos consumidores configura um cenário de "legítimo interesse", o que exime as empresas de pedir a autorização do consumidor. Para os fornecedores financeiros, a adequação costuma ser mais simples pela natureza dos dados envolvidos, que por serem altamente sensíveis já recebiam tratamento com transparência e segurança.

FÓRUM DE RELACIONAMENTO E ATENDIMENTO AO CLIENTE

A TI Inside vai abordar a experiência do consumidor num painel especial dentro do Fórum de Relacionamento e Atendimento ao Cliente, que acontece dia 31 de março, no WTC-SP. Mais informações veja aqui.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.