Estudo revela diferenças no comportamento entre as gerações no ambiente digital

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Estudo global da TNS Brasil com mais de 60 mil consumidores conectados ao redor de 50 países aponta que a média dos Millennials (entre 16 e 30 anos) com acesso à internet passa 3,2 horas por dia em seus celulares – o equivalente a 22,4 horas –  quase um dia inteiro – a cada semana. Isso significa 1,168 horas ou 49 dias em um ano.

O número sobe para 3,8 horas por dia na Malásia, onde o acesso digital é mobile-driven; 95% da população local que utiliza a internet agora possui um smartphone.

Os Millennials priorizam o "social" acima de outras formas de mídia, com 63% usando mídias sociais diariamente, ou assistindo a vídeos online (59%). Essa faixa etária também é a mais propensa a adotar novos métodos de compra tais como pagamentos via celular (8% dos Millennials, globalmente, fazem isso diariamente). Eles também continuam a consumir mídia de formas tradicionais (por exemplo, TV e rádio), mas com uma frequência muito menor do que as gerações anteriores.

Entretanto, focar em como usar novos canais para engajar os Millennials pode ser uma distração cara. Por tentar constantemente manter contato com os consumidores mais avançados digitalmente, as marcas correm o risco de deixar para trás outros consumidores que também estão mudando seus padrões de comportamento, embora a um ritmo mais lento.

Para os consumidores mais velhos que estão no meio online, hábitos de mídia tradicionais ainda têm força neste grupo, que gasta 3,1 horas por dia assistindo TV, lendo jornais e ouvindo rádio; uma hora e meia a mais do que a média dos Millennials. E também, os consumidores mais velhos ainda são um alvo inconstante, e estão usando plataformas online em uma base muito mais regular. Aqueles entre 46-65 anos que estão online, gastam 1,5 horas por dia em seus telefones, enquanto 24% usam o Facebook.

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Esse ritmo duplo nas taxas de adoção do consumidor está criando uma crescente "divisão digital" que é mais evidente nos mercados ocidentais, particularmente nos EUA, Reino Unido, Alemanha e França, fazendo muitas empresas lutarem para descobrir como podem personalizar o conteúdo para públicos diferentes.

Barclays é um exemplo de empresa que está cobrindo este "gap" com sucesso, alcançando jovens através de mídias sociais e mensagens instantâneas, enquanto mira os 'silver surfers' (com idade superior a 50 e que usam a internet em uma base frequente) através de cursos de formação sob medida e guias para download que os ajudam no Banco online e outras plataformas digitais.

"As marcas precisam ter cuidado ao fazer suposições abrangentes sobre os hábitos digitais de diferentes faixas etárias. Enquanto os Millennials são claramente uma geração importante, a Geração X (com idades entre 31-45) e os baby boomers (idades entre 46-65) geralmente têm maior renda, padrões de compra estabelecidos e estão gastando cada vez mais tempo online. As marcas estão muitas vezes muito focadas nas necessidades de mercado para seus consumidores digitais mais avançados, quando, na verdade, concentrar em uma estratégia que mostre onde o poder de compra realmente está, pode ser o mais apropriado", diz Joseph Webb, diretor global do Connected Life.

No cenário de mídia fragmentada de hoje, os Millenials estão usando ainda mais plataformas de mensagem instantânea, social e canais tradicionais. Quase sete em cada 10 (69%) entre 16-30 anos de idade usam mensagens instantâneas todos os dias, acima dos 43% do ano passado, enquanto quase duas horas por dia são gastas assistindo a um vídeo e programas de TV na internet.

"Na corrida das marcas para recuperar o atraso com os consumidores e se manterem atualizados nas mais novas plataformas, eles precisam endereçar dois desafios. Em primeiro lugar, precisam se certificar de que estão focando em suas campanhas.  Em segundo, elas precisam não cair na armadilha de assumir que os clientes mais velhos podem ser facilmente direcionados exclusivamente através de meios de comunicação tradicionais. Padrões de comportamento também estão mudando entre estes grupos e seu poder de compra mais elevado significa mensagens sob medida, onde planos de mídia são essenciais", acrescenta o executivo.

Connected Life

Connected Life é o estudo da TNS sobre as atitudes e comportamentos de mais de 60.500 usuários de internet em mais de 50 países e explora como a tecnologia está transformando a vida dos consumidores ao redor do mundo. Oferece um insight essencial sobre o impacto do crescimento no ecossistema digital e no panorama de mídia.  Também descobre oportunidades novas e relevantes para que os comerciantes se conectem com os consumidores neste ambiente cada vez mais complexo; é uma ferramenta que ajuda as marcas a tomar melhores decisões no mundo digital.

A pesquisa foi realizada em todos os mercados entre maio e agosto de 2015. O tamanho da amostra no Brasil foi 1.070.

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