O número de pessoas infectadas pela dengue cresceu cerca de 400% no Sul e no Sudeste em 2010, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. A maior dificuldade nessas situações é prever uma epidemia como a dengue com antecedência suficiente para o governo poder agir. O método atual utilizado pela maioria dos Estados é o seguinte: assim que o médico diagnostica o paciente, é preenchido um formulário e enviado à Secretaria da Saúde que arquiva o documento. Quando é detectada a epidemia, a população é alertada. O problema é que frequentemente o formulário pode ser perdido ou rasurado. Outros Estados têm adquirido ferramentas que possam permitir um controle real de epidemias, como por exemplo, o SAIS-Sistema Avançado de Informações de Saúde.
Englobando um estudo completo da qualidade do acesso à saúde da população na cidade, o SAIS permite analisar a incidência de doenças em cada região, a formação dos médicos, a distribuição de instituições, clínicas e hospitais pela cidade, entre outras funções. A Alert Brasil, produtora de sistema de informatização de gestão clínica hospitalar, participa de vários projetos de gestão de saúde com o software Alert SAIS. O software é responsável pela coleta e organização dos dados clínicos das instituições de cada cidade, como por exemplo, acompanhamento dos planos de saúde, histórico dos pacientes, e muitas outras funções. Além de possibilidades quase nulas de erros de diagnóstico de epidemias, a ferramenta permite que a detecção seja feita precocemente, facilitando as ações para controlá-las.
No Brasil, as cidades de Linhares (ES), Patrocínio (MG), Campo Grande (MS), Santa Luzia (MG), Sete Lagoas (MG) e parte do Rio de Janeiro, São Paulo tem todas as informações assistenciais das instituições encaminhadas para as respectivas Secretarias Municipais de Saúde, auxiliando no planejamento e investimento na área da saúde. "O objetivo da parceria para formação do Alert SAIS é criar uma ferramenta que possibilite detectar com antecedência a epidemia para o governo poder agir com tempo hábil, contribuindo para reduzir o número de pessoas infectadas e possíveis complicações", afirma Ricardo Cabral, diretor de Análise Funcional da Alert.
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