Os investimentos em hardware de grandes empresas de países emergentes ultrapassarão os de companhias de nações desenvolvidos neste ano. De acordo com pesquisa do Gartner, 84% das empresas de países em desenvolvimento não cancelaram seus projetos de TI desde outubro de 2008, quando houve o agravamento da crise financeira mundial, e espera-se que os investimentos em servidores, sistemas de armazenamento, virtualização, cloud computing e "TI verde" aumentem ainda mais nesses mercados, apesar da crise econômica.
Segundo o estudo, 33% das empresas de países emergentes pretendem incrementar os gastos com storage, sendo que 30% delas preveem elevar as despesas com servidores e 32% em PCs. Já nos chamados mercados maduros, a intenção de aumento dos gastos são de 27%, 27% e 19%, respectivamente.
Das empresas ouvidas pela consultoria, 35% delas pretendem aumentar seus investimentos em virtualização nste ano, 32% em "TI verde" e 7% em cloud computing. O Gartner aponta que umas das principais razões para tamanha confiança das empresas em tempos de recessão é que elas já tinham planos de TI que preveem a renovação de equipamentos e dos gastos com infraestrutura.
A consultoria também chama atenção para o fato de que as empresas de países emergentes representam entre 8% e 12% de suas economias, e portanto são importantes para o mercado e conseguem mais recursos financeiros do que as empresas de países desenvolvidos.
Luis Avantarte, vice-presidente de pesquisas para países emergentes do Gartner, considera os números bastante relevantes para os prestadores de serviços de TI, especialmente no Brasil, Índia, Rússia e China. "Os fornecedores de tecnologia serão os responsáveis por orientar os canais de vendas nesses mercados e por isso terão que desenvolver novas formas de prestação de serviços", conclui.
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