Google, enfim, acha executivo para comandar operação brasileira

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Na manhã desta quarta-feira, 23, os cerca de 250 funcionários do Google no Brasil receberam a notícia pela qual aguardam há pelo menos cinco meses: o nome do novo diretor geral da subsidiária. A empresa confirmou a contratação de Fabio Coelho, ex-presidente do iG, conforme divulgado por este noticiário na terça-feira. Depois de um longo processo, que envolveu uma consultoria especializada em recrutamento, a empresa conseguiu finalmente encontrar um substituto para o executivo Alexandre Dias, que deixou a empresa em setembro do ano passado para comandar a operação da Anhanguera Educacional, instituição de ensino que oferece cursos de graduação, pós-graduação, extensão e formação profissional.
Nesse período, o lugar de Dias foi ocupado interinamente por Alexandre Hohagen, que até a semana passada acumulava o posto com o de vice-presidente do Google para a América Latina e que também deixou a empresa para assumir o cargo de vice-presidente de vendas da América Latina do Facebook. Dias ficou à frente do Google por apenas dois anos, substituindo justamente Hohagen.
De acordo com fonte próxima ao assunto, ouvida pela reportagem de TI INSIDE Online, a empresa enfrentou um longo e penoso processo para encontrar um candidato ao cargo. Entre as razões da demora para achar um novo comandante, a fonte cita a política de remuneração e benefícios da empresa, considerada modesta mesmo para os padrões brasileiros. Depois, aponta o momento de retração nas vendas, especialmente de publicidade on-line, pelo qual atravessa a empresa no Brasil, e a limitada autonomia que o executivo terá à frente da operação.
Além disso, agora Coelho terá uma série de desafios para fazer com que os negócios cresçam num cenário de competição mais acirrada, especialmente com a chegada do Facebook ao mercado brasileiro, e reverter a evasão de anunciantes para as redes sociais. Segundo um analista do setor, a prova dos nove para o executivo será no mercado corporativo, onde a empresa ainda está longe de conseguir competir com a Microsoft, em especial no segmento de aplicativos empresariais. O exemplo mais claro disso é o Google Docs, o pacote de aplicativos da empresa, que até hoje não conseguiu se firmar nesse segmento. É ilustrativo o fato de o Google vir sendo constantemente cobrado por acionistas a mostrar outras habilidades que não apenas no segmento de buscas na internet, no qual exerce domínio absoluto.
Enfim, Coelho terá de fazer com que a empresa dê respostas rápidas ao mercado. Resta apenas saber em que medida a demora em encontrar rapidamente um nome para conduzir a companhia pode ter deixado marcas indeléveis e trazer consequências nefastas no médio prazo para a diminuta operação local.

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