O novo CEO da VMware, Paul Maritz, nem bem assumiu o cargo na empresa criadora do software de virtualização mais conhecido do mercado e já voltou suas baterias contra sua ex-empresa, a Microsoft. Ele anunciou que a partir do próximo dia 29 tornará o seu software hypervisor ESXi disponível a custo zero em todo o mundo.
Com isso, o executivo que se aposentou na Microsoft no ano 2000 – após 14 anos à frente das áreas de desenvolvimento e marketing dos principais produtos da companhia, entre eles o Windows 95 – vai oferecer uma solução que permite fazer a virtualização de máquinas sem necessidade do sistema operacional Windows. A versão do software de virtualização Hyper-V da Microsoft roda no Windows Server 2008.
Segundo comunicado da empresa, o objetivo "é permitir que as empresas de todos os tamanhos tenham acesso à experiência e benefícios da virtualização. Esse produto já esta em sua terceira geração, é a base para sistemas de virtualização e já atende mais de 100 mil clientes. Seu maior benefício, e que o distingue, é a total independência de sistema operacional, a enorme facilidade de utilização, e os altos níveis de segurança e confiabilidade". O ESXi já é adotado em regime de OEM por fabricantes como Dell, Fujitsu-Siemens, Fujitsu, HP, IBM, Lenovo e NEC.
Ações em queda
A VMware, empresa pertencente a gigante de storage EMC, convocou Maritz, para substituir sua ex-presidente e CEO, Diane Greene, desligada da empresa no último dia 8, após revisar para baixo sua previsão de faturamento para o ano. O anúncio e a estimativa de redução das receitas fizeram as ações da empresa caírem, na ocasião, em mais de 25% na bolsa eletrônica Nasdaq.
De acordo com a empresa, a previsão de crescimento das receitas neste ano será "ligeiramente inferior" aos 50% previstos anteriormente, o que resultaria em quase US$ 2 bilhões. No ano passado, a VMware faturou US$ 1,33 bilhão. Os resultados do trimestre encerrado em nesta terça, 22, apresentaram vendas de US$ 456 milhões, 54% a mais do que no mesmo trimestre do ano anterior. O lucro líquido foi de US$ 52 milhões, em comparação com US$ 34 milhões de 2007. O faturamento acumulado até o fim de junho foi de US$ 721 milhões, sendo que a empresa tem disponível em caixa US$ 1,5 bilhão.
O crescimento de vendas no trimestre foi dividido em novas licenças de software, US$ 284 milhões (39% a mais que no mesmo período de 2007) e US$ 172 milhões em serviços (85% de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior).