Na missão de proporcionar jornadas positivas para um público consumidor cada vez mais antenado às novidades, a adoção do Compliance como filosofia interna é uma saída imprescindível para as empresas.
Proporcionar uma experiência inovadora para que o cliente se interesse no que a empresa tem a oferecer nunca foi uma tarefa fácil. O ambiente da web, por sua vez, contribuiu para um aumento elevado de informações lançadas ao internauta, potencializando o nível de exigência de usuários preocupados com o uso de seus dados pessoais. Os critérios de compra não se limitam mais à qualidade de determinado produto ou serviço, é necessário ir além. E nos dias atuais, isso significa corresponder à implementação de uma cultura interna orientada a preceitos de Compliance.
Como esperar que o cliente se mantenha fiel à marca se a mesma não garante a integridade de seus dados? Os consumidores estão dispostos a realizar essa troca de experiências, em busca de oportunidades únicas e atendimentos diferenciados, mas as organizações precisam demonstrar que estão inseridas nesse contexto de conformidade e segurança fiscal.
Avanço da internet traz alerta para a segurança empresarial
Não há como negar a quantidade de ferramentas e plataformas extremamente eficazes em realizar essa tão desejada aproximação entre público e empresa. No entanto, junto com a consolidação da web e a explosão no fluxo de dados, crescem as ameaças virtuais. Se atentar aos meios mais recomendados de se enfrentar possíveis ataques digitais não é uma tarefa exclusiva das autoridades. As organizações, responsáveis por armazenar e movimentar informações referentes a seus clientes, precisam assegurar que todo e qualquer tipo de material seja preservado a rigor da lei.
No Brasil, a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) retornou à pauta federal, e prevê em seu texto aprovado punições severas para os que descumprirem requisitos básicos de transparência, privacidade e consentimento.
Compliance como forma de suportar o alto volume de dados
O caminho para atender as obrigações fiscais previstas na LGPD pode ser sustentado através de uma política interna que priorize a conformidade nos processos operacionais. A criação de um programa de Compliance vai de encontro a essa mentalidade, na medida em que identifica as melhores práticas e métodos seguros de se aproveitar o que há de mais vantajoso nos dados digitais.
Assim como o público, o mercado está acompanhando a evolução do setor empresarial quanto à utilização consciente das informações disponíveis. Ignorar o investimento em soluções que facilitem essa inserção do Compliance na cultura organizacional é flertar com um perigo desnecessário à saúde financeira e até o andamento do negócio como um todo.
Exploração dos dados em prol do Customer Experience
Quais são os reflexos de uma gestão de dados segura para as etapas do relacionamento com o cliente? Os desafios são numerosos, mas servem de oportunidade para se pensar em estratégias apoiadas pelo conceito de Customer Experience. Iniciativas que visam garantir o cumprimento de regras, protegendo os clientes, colaboradores e peças envolvidas na governança em sua totalidade, devem se mostrar um ponto de partida indispensável para todas as empresas, independentemente do porte ou segmento.
Com a consolidação dessa nova maturidade fiscal, torna-se possível a interpretação analítica das informações disponíveis, a fim de estabelecer parâmetros fieis quanto ao aspecto comportamental, hábitos de compra, regionalidade, persona, entre outros componentes fundamentais para um melhor entendimento do público que se procura atingir, sempre considerando a individualidade apresentada por cada usuário. O resultado é uma experiência personalizada e capaz de transmitir a segurança dos dados concedidos pelo cliente.
E como você enxerga a influência do Compliance no relacionamento com o cliente? Participe do debate e faça essa reflexão!
Mauro Inagaki, CEO na b2finance.