A nova pesquisa revelou que a expectativa de crescimento com despesas de TI caiu de 13,7% (número levantado em agosto deste ano) para 7,8%. O levantamento pegou carona nos números apresentados pelas expectativas de crescimento econômico pós-crise do Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório divulgado no dia 6 de outubro. Lá também era previsto o crescimento do PIB para toda a América Latina de 3,2%.
A IDC entrevistou 164 empresas provenientes da Argentina, Brasil e México e a maioria delas considerou que a crise terá um efeito negativo sobre seus próprios mercados, sendo que o México deve ser o país mais afetado da América Latina.
Apesar da redução da expectativa, a consultoria mostra que a América Latina continua sendo uma das regiões mais esperançosas para os desenvolvedores do setor em todo o mundo. As projeções mostram que o crescimento dos gastos com TI em nível mundial deve ser de 2.6% no próximo ano. Nos Estados Unidos, a projeção é de 0.9% (ante uma previsão de 4,2% em agosto) e na América Latina de 7,8%.
O levantamento apontou que os segmentos mais afetados nos países latino-americanos devem ser o de hardware de consumo, como PCs, impressoras e câmeras digitais, nos quais os investimentos são mais voláteis e dependem diretamente dos gastos dos consumidores.
Já os mercados de software e de serviços serão os menos afetados. A previsão é que na América Latina ele cresça 9% no próximo ano, enquanto os serviços devem crescer 8,6%. A consultoria acredita que os clientes corporativos manterão os contratos de manutenção de software, assim como continuarão com os projetos de outsourcing, gerenciamento de operações e integração de sistemas.
Segundo a IDC, antes da crise, 37% das organizações que participaram da pesquisa consideravam que os investimentos em TI no próximo ano seriam mais altos do que em 2008. Já para 52% dos questionados, os gastos permaneceriam iguais e para 12% seriam menores. A crise mundial mudou as expectativas, sendo que, atualmente, apenas 23% acreditam que os investimentos do próximo ano superarão os deste e 46% estão considerando que permanecerão estáveis. Por outro lado, 32% delas acreditam que os investimentos serão menores.