Sete dicas para criar aplicativos eficazes de vendas

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Aplicativos para automatizar a força de vendas são sempre críticos para os negócios. Mas, se mal feitos, trarão pouco ou nenhum benefício. Confira sete passos importantes para garantir que esses projetos não sejam perda de tempo para as empresas.

Em primeiro lugar, pense em suas estratégias de mobilidade como um processo contínuo e incremental. Priorize, primeiramente, um conjunto pequeno de funcionalidades (conhecido como MVP – Minimum Viable Product) que sejam capazes de gerar valor e o entregue rapidamente. Então, com base em métricas e em feedback real dos usuários, defina os próximos passos. Execute esse ciclo de forma contínua.

Como segundo passo, coloque-se no lugar do usuário. Aplique processos e técnicas de experiência do usuário, tais como Product Canvas, User Journeys, Personas, testes de usabilidade, entre outros. Estas práticas não devem ser realizadas apenas no início, mas ao longo de todo o processo de desenvolvimento. À medida que você aprende mais sobre seus usuários, suas necessidades e como eles estão utilizando (ou não utilizando) o aplicativo, você deve rever e atualizar suas premissas sobre a melhor abordagem de UX. Use o ciclo de entrega contínua e incremental para fazer pequenas experiências (A/B tests), teste hipóteses e, então, invista em funcionalidades mais complexas.

Em terceiro lugar, lembre-se: a solução mais simples pode ser a melhor. Principalmente quando se trata de aplicativos móveis. Os usuários desejam executar suas tarefas de forma fácil e rápida. O seu trabalho é tornar isso possível, por meio do aplicativo móvel.

Em quarto, o uso off-line é obrigatório. Profissionais de vendas não podem se dar ao luxo de utilizarem seu aplicativo apenas quando estiverem conectados. Você deve considerar este fator durante a criação e desenvolvimento do seu aplicativo, garantindo que a maioria das funcionalidades esteja habilitadas mesmo que o usuário não esteja conectado. Mecanismos discretos e eficazes de sincronização devem ser considerados.

Em quinto, garanta a segurança de dados confidenciais. Aplicativos de vendas lidam com informações críticas de negócios: dados dos produtos e clientes, pedidos, lista de preços, entre outras. Muitas empresas não podem correr o risco de expor esses dados valiosos a qualquer um que tenha acesso ao aplicativo. Soluções de MDM (Mobile Device Management) têm um papel importante nesse processo por garantir o nível de segurança necessário, mas o aplicativo também precisa ser projetado, desenvolvido e testado considerando requisitos de segurança. Recursos como encriptação de dados locais, mecanismos de autenticação inteligente e gestão de conexão de dados devem estar contemplados na arquitetura do aplicativo.

A sexta medida recomendada é alavancar o potencial do dispositivo. Todos sabemos que os dispositivos móveis são computadores extremamente poderosos, com inúmeros recursos embarcados (GPS, câmera, acelerômetro, telefone, etc.) e aplicativos (agenda, e-mail, chats, entre outros). Eles podem tornar o dia a dia do profissional de vendas muito mais fácil e produtivo, caso inclua um aplicativo capaz de integrar de forma inteligente todos esses recursos. Cuidado para não reinventar a roda! Considere a necessidade de proporcionar uma experiência do usuário consistente, mesmo entre diferentes aplicativos.

Finalmente, a sétima dica é mensurar, mensurar e mensurar! Transforme seu aplicativo de vendas na mais poderosa fonte de informações ricas e precisas sobre suas equipes e processos comerciais. Não considere apenas os dados de transações, pedidos coletados, clientes visitados, etc. Busque também levantar ideias sobre como seus vendedores executam a rota, como eles interagem com o aplicativo, quais produtos são oferecidos aos clientes e quais materiais de merchandising foram exibidos e distribuídos. Personalize o aplicativo para sua necessidade de negócio!

Aplicativos para automação de força de vendas não são uma novidade. Estão aí há mais de uma década. Mas o novo contexto tecnológico, impulsionado pela nova geração de dispositivos e plataformas móveis, o crescimento de cloud computing e o poder praticamente ilimitado das novas técnicas de analytics abriram um novo oceano de possibilidades para serem exploradas nessas soluções. Mais do que ferramentas coadjuvantes no processo de vendas, elas têm começado a revolucionar a forma como as empresas se relacionam com os seus vendedores e com os seus clientes.

*Paulo Camara lidera projetos digitais na CI&T, multinacional brasileira de TI, especializada em desenvolvimento e manutenção de sistemas. Ele possui mais de 19 anos dedicados ao desenvolvimento de software, tendo passado por experiências no setor financeiro e de telecomunicações antes de integrar a equipe da CI&T, da qual faz parte desde 2002. É formado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com MBA em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.

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