Embora o padrão atual de evolução da adoção da nuvem no Brasil não disponha de nenhum modelo predominante, a previsão é de que esse cenário mude entre dois e cinco anos, de acordo com pesquisa encomendada pela Capgemini à Coleman Parkes Research, realizada com 415 executivos de tecnologia de médias e grandes empresas instaladas no país dos setores público, de consumo, varejo, financeiro, manufatura, energia e telecomunicações, entre março e abril.
Atualmente, as empresas menores tendem a usar a nuvem pública, enquanto as médias e as grandes dão preferência às nuvens híbridas. Assim, 26% dos entrevistados afirmaram não ter nenhuma preferência por um modelo específico de nuvem. Em seguida, a opção varia entre a nuvem pública – o modelo mais atraente, com 24% – privada para as instalações da empresa (18%), híbrida (18%, pública e privada) e privada gerenciada por terceiros (14%).
Porém, segundo o estudo, existe uma tendência de migração gradual da nuvem pública em favor de uma grande variedade de modelos privado e híbrido. Se os modelos privados internos e externos e os híbridos forem combinados, a estimativa é de que, até 2019, o padrão privado seja a opção de 76% dos entrevistados, deixando a nuvem pública "pura" com apenas 17% (caindo de 24% para 20% e, posteriormente, para 17%). Os demais devem, ainda, decidir sobre a sua abordagem preferida.
"A tendência é que, em pouco tempo, a maioria das empresas passe a adotar a nuvem híbrida, devido à quantidade de aplicações e capacidade de armazenamento que podem ser processadas na nuvem pública", afirma o diretor de soluções integradas da Capgemini no Brasil, Gustavo Trevisan, um dos coordenadores da pesquisa.
Outros pontos analisados no relatório foram o modelo de entrega de Software como Serviço (SaaS), utilizado atualmente por 73% das empresas que adotam a nuvem, e o aumento do modelo de Enterprise App Store (Loja de Aplicações Corporativas) – mais de 70% dos executivos têm ou planejam desenvolver esse formato. Além deles, o modelo de Infraestrutura como Serviço (IaaS) deve crescer e alcançar o amadurecimento (um salto dos atuais 55% para 88% entre os que pretendem implementá-lo em dois anos); já o de Plataforma como Serviço (PaaS) é a escolha atual de 39% dos entrevistados, com outros 34% que planejam utilizá-lo.