Com clientes que fazem mais de um milhão de movimentação de mercadorias no mês, a Seguros Sura conta com o blockchain como grande aliado para garantir a confiabilidade da transação, independente dos órgãos reguladores.
Apesar de ter foco em seguros de autos, a companhia tem discutido o uso da tecnologia para relatórios de risco, como bens patrimoniais, monitorados em tempo real. Na indústria de seguros já há uma experiência na Colômbia, sede da companhia, para avaliar a operação de risco industrial certificada por meio de blockchain. Segundo Eduardo Ribeiro Guedes,(foto) diretor de Tecnologia e Operações na Seguros Sura , a ideia é trazer essa solução para o Brasil.
"O problema de uma apólice de seguro é que é um documento estático, seja em papel ou PDF. Um endosso é uma alteração de uma apólice, só que ele é considerado uma nova emissão de apólice. Na prática, eles não se relacionam e quando você coloca sua emissão dentro de um livro razão, ele consegue relacionar todas as transações dentro do blockchain, garantindo transparência total, rastreamento e auditoria, confiança permanente, redução de custos", comenta Fernando Wosniak Steler, fundador e CEO da Direct One, fornecedora da Sura, durante sua palestra no Forum Blockchain na tarde desta terça-feira, 28.
Hoje, a maior briga das seguradoras diante da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) é a obrigatoriedade de ter um certificado digital ICP em cada uma das apólices. "A Susep está bem atenta para criar as transações via blockchain por conta das fintechs e da revolução gerada pela economia disruptiva", finaliza Steler.