A espanhola Telefónica divulgou nesta segunda-feira (30/7) contabilizou no primeiro semestre um lucro líquido de 3,83 bilhões de euros, cifra 66,4% maior que a registrada no mesmo período do ano passado. O resultado superou as expectativas do mercado e fez com que a companhia revisse para cima as metas para o fim do ano. Com isso, a meta anual de crescimento de receita que era entre 6% e 9% foi para 8% e 10%. Subiu também a previsão de lucro que era de 8% a 11% para de 10% a 13 %. A estimativa de lucro operacional que era de 14% a 21% subiu para 19% a 23 %.
A base de clientes da operadora espanhola ampliou em 11,3%, totalizando 212,6 milhões de usuários, dos quais 45,2 milhões na Espanha, 121,8 milhões na América Latina e 39,8 milhões na Telefónica O2 Europa. A América Latina também aparece como uma das impulsionadoras dos negócios da empresa. A receita na região teve crescimento de 10,6%, atingindo 9,628 bilhões de euros. O Brasil é o país onde o grupo espanhol conseguiu a maior receita na região: 3,69 bilhões de euros, incluído os 50% que a Telefônica tem na Vivo.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) da Telefónica Latinoamérica ficou em 3,39 bilhões de euros, cifra 12,9% maior que a obtida no mesmo período de 2006, graças ao desempenho da Venezuela e do México. A empresa ainda destaca a contribuição da Vivo ao Ebitda registrado na região e ressalta que, em termos absolutos, o Brasil contribuiu com a maior parcela do indicador da Telefónica Latinoamérica, com 44%, seguido pela Venezuela (13,8%), Argentina (11,6%) e Chile (9,7%).
No início deste mês o grupo espanhol fez uma proposta à Portugal Telecom, de cerca de 3 bilhões de euros, para comprar a outra metade da Vivo. A tele portuguesa tem até agosto para responder à proposta. Durante teleconferência com analistas, o presidente da companhia, César Alierta, disse que a Telefónica mantém negociações com a Portugal Telecom sobre o futuro da joint venture que controla a Vivo. Ele ainda ressaltou a importância da construção da rede GSM que fez com que a operadora estancasse a perda de participação de mercado.