Ericsson tem prejuízo líquido de quase US$ 1 bilhão no último trimestre

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A Ericsson sofreu um duro golpe em razão da baixa contábil de 8 bilhões de coroas suecas (US$ 1,2 bilhão) na área da ST-Ericsson. Divulgada em dezembro, a dívida da divisão de plataformas móveis e semicondutores levou a um impacto significativo no balanço da companhia divulgado nesta quinta-feira, 31: prejuízo de 6,3 bilhões de coroas suecas, ou US$ 990 milhões, no último trimestre. Ainda assim, no acumulado de 2012 a empresa obteve lucro líquido de 5,9 bilhões de coroas suecas (US$ 930 milhões), embora isso seja 6,7 bilhões de coroas suecas (US$ 1,05 bilhão) a menos do que o acumulado de 2011.

A empresa disse que, após o anúncio da intenção da STMicroelectronics de deixar a composição societária da joint-venture ST-Ericsson, a tarefa agora será de procurar "várias opções estratégicas" para os bens da divisão.

Outro vilão para a Ericsson, segundo afirmou o CEO e presidente da empresa, Hans Vestberg, em conferência para analistas, foi a modernização de projetos de rede na Europa, além de um modelo de negócios com maior participação de projetos de cobertura do que de capacidade. "Agora achamos que na segunda metade de 2013 vamos ver uma mudança para projetos de maior capacidade", disse o executivo. Os segmentos também mostraram resultados irregulares, com a área de redes tendo um ano mais difícil do que a de serviços globais e soluções de suporte.

Agora, a hora é de enxugar: a Ericsson informou em dezembro que pretende demitir 1.550 funcionários na sede em Estocolmo, na Suécia, a partir de março deste ano. Além disso, a divisão de pesquisas e desenvolvimento, segundo Vestberg, recebeu menos investimentos em 2012 do que no ano anterior. “Não vamos aumentar em 2013. É importante para o futuro, mas estamos trabalhando em eficiência, então nosso guidance não é ser mais alto”, declarou.

Acessos

A Ericsson destacou ainda o crescimento da base de usuários móveis no mundo, que totalizou (em estimativa) 6,3 bilhões em 2012, 550 milhões a mais do que no ano anterior. Os acessos de banda larga móvel (inclui HSPA, LTE, CDMA 2000 EV-DO, TD-SCDMA e WiMAX) totalizaram 1,5 bilhão no ano passado, cerca de 500 milhões a mais do que em 2011. "Dos aparelhos que abasteceram o mercado no último trimestre do ano, 40% eram smartphones", comemorou Hans Vestberg.

Vendas

Nas vendas, a Ericsson obteve um resultado estagnado em relação ao ano anterior, fechando 2012 com 227,8 bilhões de coroas suecas, ou US$ 35,85 bilhões. O destaque foi para as vendas na América do Norte, que cresceram 16% no acumulado do ano e totalizaram 56,7 bilhões de coroas suecas (US$ 8,92 bilhões), de longe a região de melhor desempenho para a empresa. As maiores quedas foram na Índia (34% a menos, fechando o ano com 6,5 bilhões de coroas suecas) e o norte europeu com Ásia central (queda de 25% e total de 11,3 bilhões de coroas suecas).

As vendas no acumulado do ano na América Latina ficaram basicamente estagnadas com 22 bilhões de coroas suecas (US$ 3,46 bilhões). Considerando somente o quarto trimestre, houve um recuo de 7% nas vendas em relação a 2011, totalizando 6,5 bilhões de coroas suecas (US$ 1,02 bilhão). A área de serviços globais foi a que mais se destacou nos três meses, com 3,2 milhões de coroas suecas (US$ 500 milhões). A divisão de redes vendeu 2,9 bilhões de coroas suecas (US$ 460 milhões) e a de soluções de suporte vendeu 400 milhões coroas suecas, ou US$ 62,97 milhões.

A Ericsson diz que as vendas na região foram desaceleradas por conta da fraca implementação do LTE na América Latina. O que houve de aumento em redes teria sido por conta das vendas em 3G, enquanto as plataformas OSS/BSS e IPTV contribuíram para o aumento da divisão de soluções de suporte.

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