Durante uma palestra nesta sexta-feira, 15, na Marshall School of Business, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), Evan Spiegel, o jovem CEO do Snapchat, aplicativo que permite aos usuários enviar fotos de smartphones que desaparecem automaticamente 10 segundos após serem visualizada, explicou por que não vendeu a empresa para o Facebook.
Em novembro do ano passado, a startup rejeitou uma oferta de compra da rede social que teria avaliado a empresa em US$ 3 bilhões ou mais e se comprometido a efetuar o pagamento inteiramente em dinheiro. O negócio representaria a maior já feito pelo Facebook.
Spiegel surgiu com a idéia para Snapchat enquanto trabalhava em um projeto de classe como um estudante na Universidade de Stanford em 2010, que ele chamou inicialmente de Picaboo. Em 2012, ele e mais colegas de uma fraternidade, com os quais morava junto no campus universitário, deixaram Stanford para desenvolver o Cnapchat, antes de completarem a formação. Na verdade, Spiegel deixou a universidade com apenas alguns créditos e logo depois levantou um aporte de capital em uma rodada de investimentos na área de sementes.
Mas a oferta feita no ano passado não foi a única do Facebook, que já havia apresentado propostas pelo menos outras duas vezes, e Spiegel supostamente teria rejeitado ambas. Ele contou que a pergunta que recebe com mais freqüência é: "Por que você não vende o seu negócio? Não faz muito dinheiro. É uma moda passageira. Você poderia estar em um barco agora. Todo mundo adora barcos. O que há de errado com você?", lembrou Spiegel, segundo o site Business Insider.
O jovem executivo disse estar convencido de que a maneira mais rápida de descobrir se você está fazendo algo verdadeiramente importante é alguém lhe oferecer um monte de dinheiro, referindo-se a oferta de US $ 3 bilhões do Facebook. "O mais importante é que, não importa se vende ou não, você vai aprender algo muito valioso sobre si mesmo. Se vende, você saberá imediatamente que não era seu sonho certo. Se não vende, provavelmente verá que está no caminho certo. Talvez no começo de algo significativo", acrescentou Spiegel.
"Quando decidimos não vender, nossos executivos nos chamaram de um monte de coisas, além de loucos, coisas como arrogantes… As mesmas palavras que ouvios para descrever a nossa geração. A geração do milênio. Bem, é verdade, nós temos um senso de direito de posse, um senso de propriedade, porque, afinal, este é o mundo em que nascemos, e nós somos responsáveis ??por isso", disse Spiegel.
Antes de encerrar seu discurso, Spiegel deu alguns conselhos para o público, jovens, em sua maioria: "Tenha fé em si mesmo. Saiba que você será capaz de todo o crescimento esperado de você, e que você espera de si mesmo"; "Alguém sempre vai ter uma opinião sobre você. O que quer que você faça nunca será o suficiente. Então, encontre algo importante para você, algo que ame"; "Você está indo enfrentar um desafio, um emprego em tempo integral. A parte mais difícil será habituar-se a solucionar problemas que não têm respostas".
