Os países da América Latina e do Caribe irão promover, em conjunto, políticas industriais e investir para criar novas capacidades produtivas, impulsionar setores estratégicos e aumentar a competitividade. O acordo foi firmado na terça-feira, 18, durante reunião de ministros da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), no Rio de Janeiro. Na oportunidade, o grupo formado por 14 países aprovou uma plataforma de cooperação que visa aprofundar processos de planejamento gerados em várias das nações envolvidas, a fim de fortalecer regionalmente políticas de ciência, tecnologia e inovação.
O acordo traz compromissos em áreas específicas, tais como universalização do acesso à banda larga; eficiência energética por meio de novas fontes renováveis; reciclagem de materiais e produtos elétricos e eletrônicos; e apoio a startups de base tecnológica. No plano industrial, as decisões passam pelo estímulo a avanços tecnológicos em produtos e processos de fabricação e ao desenvolvimento de novos serviços e materiais. Os países avaliam que a crise internacional de 2008-2009 abriu oportunidades para o debate sobre as estratégias de desenvolvimento.
No documento, as nações afirmam que a integração regional e a cooperação na área "se destacam como fatores determinantes para avançar no caminho do desenvolvimento e da igualdade". Nesse sentido, comprometem-se a desenvolver aplicações com impacto em áreas como saúde, educação e serviços públicos, com especial atenção aos segmentos mais vulneráveis da população, como pessoas com deficiência. A redução das desigualdades de gênero é outra medida aprovada para a consolidação de democracias inclusivas.