O Google foi contatado por advogados da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) para que proceda uma revisão no processo de compra do aplicativo de trânsito Waze, segundo o The Wall Street Journal. A investigação ocorre após a organização não governamental Consumer Watchdog, de defesa dos consumidores, solicitar ao Departamento de Justiça (DOJ) a anulação do negócio, avaliado em aproximadamente US$ 1,3 bilhão, sob o argumento de que a transação se configura como uma prática anticompetitiva.
Advogados consultados pelo jornal americano revelaram que seria improvável que a FTC pedisse ao Google para desfazer o negócio, pois seria necessário obter evidências de que a compra traria prejuízos significativos ao mercado de navegação e aplicativos de mapas. Contudo, pessoas familiarizadas com o assunto disseram que a FTC pode pedir ao gigante das buscas para não integrar o serviço da Waze em suas operações enquanto a investigação ocorre.
Entre os pontos a serem investigados pela FTC está a possibilidade do Google ter adquirido a Waze apenas para mantê-la fora das mãos de rivais. A companhia que chegou mais perto de um acordo com o aplicativo de trânsito foi o Facebook, mas rumores revelaram que o fim das negociações se deu após as empresas não terem concordado sobre a transferência da equipe da Waze de Israel para os Estados Unidos.
No ato da compra o Google já havia informado que a Waze operará de forma independente, mas algumas de suas tecnologias serão incorporadas ao Google Maps, enquanto a Waze também terá acesso a recursos de pesquisa do Google. O Google Maps é o mapeamento digital e serviço de navegação dominante no mundo.
Quando 2 empresas inovadoras se juntam, viram alvo de ataque por quem prefere investir em advogado do que em tecnologia.
Quem ficou obsoleto que busque parcerias ou busque um novo caminho para seguir.